sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O dia da rosa

Amanheci sem palavras para falar

Um dia com cheiro de rosas que me fez silenciar

Um bate-cum com gosto de saudade

Lembrando um sorriso largo

Um dia um tanto quanto leonino

Calor que aquece o coração

Um dia esplendido, que mais parecia uma primavera

Primavera em meio ao ensolarado sol

Que bom que esse é seu dia

Bênçãos vêm brindar o amanhecer do seu dia

Qual grato é meu ser que pediria para nascer milhões de vezes ao seu lado

Que pediria para ser embalado pelo som da sua voz

Sou feliz, e hoje o segredo da vida te faz feliz

O vermelho da rosa é cada vez mais forte

O perfume que vem de te e com braço seguro que guia

Feliz sou eu em estar aqui perto de te

19/08/2011 - Feliz Aniversário Mãe Querida

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Continuação...

Como eu disse nem sempre foi assim. Meu nome é Willams Gabriel, nasci no Brasil, o que é um raro privilégio de minha condição agora, no ano 1939, como diria o escritor José de Alencar, tenho uma pele da cor do Brasil, olhos castanhos puxados, ombros largo, e uma boca, bem essa parte eu vou deixar para vocês adivinharem depois. Nasci na capital de Fortaleza, onde ainda eram remotas as possibilidades de ser uma cidade grande, como é hoje, cresci vendo a mar, sentindo o vento. As casas afastadas do centro da cidade ainda eram calhadas de branco e avarandadas. Uma vida monótona, cheia de nostalgia. Meu pai era mercador bem sucedido e logo aos 17 anos me mandou para Europa, estudar. Dizia ele que seria a melhor coisa para os negócios da família. Esse foi o engano.

Estudava em colégio de padres, onde temer a Deus era a maior das sabedorias, o que nunca aconteceu comigo, não temer a Deus, mas seguir regras as quais nunca foram minhas. Enquanto os jovens pesavam em estudos eu pensava em arte, musica e farras. Por diversas vezes fui arrastado pelo meu pai das casas de tolerância – os bordeis. Meu pai sempre dissera que eu não tomava jeito. Mas nunca deixei de cumprir minha parte no trato de bom filho.

Logo aprendi ofício de bom negociador, e jamais perdia as negociações. Meu pai era um fã. Ele dizia: “Nunca fui muito talentoso, mas sempre tive muita sorte. E você tem os dois, e algo que encanta as pessoas”. Aquilo soava interessante, pois sempre fui muito tímido e muito sério, mas nunca deixará de negociar e de persuadir as pessoas.

Viajei para Londres, uma das cidades mais lindas do mundo moderno ainda com alguns traços do passado. Logo me destaquei, pela beleza incomum, e pela simpatia um tanto quanto misteriosa. Acredito que talvez seja isso, esse tom misterioso no olhar é que fazem minhas vitimas se entregarem.

Na época eu não era muito popular, mas logo consegui alguns amigos. Victor, um jovem da minha idade, de cabelos vermelhos e olhos muito azuis, 1,80m de altura e uma aparência magra, onde, nunca gostara de meu primeiro nome por isso adotou Williams, dizia ele que parecia mais comigo. E Janet, uma loira, de lábios carnudos e vermelhos, pela branca e um corpo o qual todos ficavam loucos, seu sorriso era largo e espantava a todos com o som de suas gargalhadas. Eu nunca entendi direito, mas eles tinham um tipo de laço. Todos diziam, e eles afirmavam também, que não eram namorados, mas era excitante a formam como se olhavam como seus corpos se encaixavam mesmo sem estarem tão pertos. Havia uma cumplicidade no ar.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

1 - TUDO TEM UM INICIO OU UM ETERNO MEIO SEM FIM

Em algum momento nossas culpas nos levam a tentativas desesperadas de parar o tempo. Estou agora aqui parado diante desse precipício. O vento bate meu rosto, o calor do verão tropical, deixa o vento quase que como um sopro de Deus, acalmando a alma. Mas ainda penso em pular. As águas do mar azul batem nas pedras de forma feroz, com se tentassem rachar a base solidada daquele gigante de pedra.

Nesse momento vejo que é uma tentativa inútil, seria um suicídio para uma pessoa normal, mas para mim talvez machucasse, mas novamente eu me levantaria e tentaria inutilmente por diversas vezes. E seria como uma alma perdida que nunca conseguiria se matar. Que idiotice, eu sou uma alma perdida! Nem se quer tenho alma. Aquela que eu tinha foi levada pela simples vontade de ser eterno.

Ultimamente tenho passado os dias querendo um fim. Não era assim, a idéia de eternidade era como o doce do mel, suculento e cheio de força, alimentava todo o meu ser por saber que nenhuma mutação humana, e imperfeições fossem me atingir, até o momento em que me vi só. Tudo que eu chegava perto partia ou morria. E com isso a eternidade passou a ser marteladas dentro da minha cabeça.

Desisti da idéia infundada de refutar-me da vida, essa que agora tem um ar sobrenatural, coisa que nem sempre foi assim. Agora estou certo de que nada vai adiantar, e aceitar o que eu sou e minha existência agora vai demandar tempo. Talvez tudo mude e eu consiga superar as perdas, acho que melhor seria eu me voltar pra uma caverna, quem saiba aqui onde o mar bate, por baixo dessa criatura inerte, tenha uma caverna, o que pode incomodar é a fome, mas, talvez, até isso meu corpo também possa superar.